O líder indígena é uma das principais vozes de defesa da Amazônia no mundo
O cacique Raoni, que subiu a rampa com Luiz Inácio Lula da Silva na posse em 1º de janeiro de 2023, tentou conversar com o presidente na tarde desta quarta-feira no Palácio do Planalto, mas não conseguiu.
Acompanhado de outros indígenas, Raoni ficou no térreo do palácio e foi atendido por um assessor de Lula, que ficou de ver a possibilidade de que a conversa aconteça na quinta-feira. O cacique quer convidar o presidente para um encontro com lideranças indígenas no Xingu em que seriam discutidas demarcações de terras.
Raoni reivindica, especificamente, a demarcação das terras Capoto/Jarina, em Mato Grosso; e Kapôt Nhinore, no Pará.
Raoni disse que conversou com Lula na posse da ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, no dia 27 de setembro, e que na ocasião falou sobre o convite para ele ir à reunião no Xingu.
O líder indígena é uma das principais vozes de defesa da Amazônia no mundo e reconhecido internacionalmente pela sua luta. Em março, durante uma agenda com Lula em Belém, o cacique foi homenageado com a Legião de Honra, a mais alta honraria da França, pelo presidente do país, Emmanuel Macron.
Raoni aproveitou o momento com as autoridades para cobrar do brasileiro agilidade na demarcação de terras e um maior orçamento à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Em outubro do ano passado, em viagem ao Rio de Janeiro, Raoni criticou Lula pela demora do governo em atender às promessas feitas a ele no dia da posse, momentos antes de subir a rampa com o petista.