Equipes vão continuar os trabalhos com lanchas, jet skis e por terra, até que seja seguro retomar os mergulhos próximo aos escombros
Nesta sexta-feira (27), uma parte das operações de buscas pelos desaparecidos após a queda da ponte entre Maranhão e Tocantins, foi parcialmente suspensa por risco de novo desabamento. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), equipes identificaram uma movimentação da estrutura dos dois lados da ponte, causando risco de novos desabamentos.
Conforme o Almirante Coelho Rangel, coordenador das operações de busca e resgate e Chefe do Estado-Maior do 4º Distrito Naval da Marinha, a operação foi suspensa na área próxima aos pilares da ponte. Equipes vão continuar os trabalhos com lanchas, jet skis e por terra, seguindo o leito do rio, até que seja seguro retomar os mergulhos próximo aos escombros.
Até a manhã desta sexta-feira (27), sete corpos foram resgatados e uma vítima foi encontrada com vida. Além destes, oito pessoas seguem desaparecidas e dois corpos foram encontrados nesta quinta-feira (26), mas ainda não foram retirados da água devido à falta de segurança para o resgate. Ao todo, são 18 vítimas, sendo nove mortes confirmadas.
Segundo o Almirante Coelho Rangel, após a delimitação do raio de segurança a equipe de busca fará uso de uma câmara hiperbárica para auxiliar em casos de acidente em águas profundas. Os aparelhos foram montados na manhã desta sexta-feira. A profundidade do Rio Tocantins, que tem cerca de 48 metros, têm dificultado as buscas.
O equipamento foi trazido do Rio de Janeiro para o local do acidente por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) na quinta-feira (26). A câmara é utilizada em casos de mergulho em águas profundas, quando ocorre a chamada doença descompressiva.
Em mergulho de águas profundas, o oxigênio é distribuído por meio de mangueiras acopladas no capacete do mergulhador, o que garante mais tempo submerso em comparação às ampolas de oxigênio que são utilizadas em águas rasas.
Além disso, no também chamado de mergulho dependente, a equipe de supervisão consegue ter acesso às imagens aquáticas em tempo real e pode guiar o mergulhador durante a submersão. A estratégia será utilizada para localizar os corpos das vítimas.