O traficante escolheu o local devido à grande movimentação diária, o que diminuía a chance de levantar suspeitas
A Polícia Militar apreendeu três toneladas de maconha na madrugada desta terça-feira (20), em Aparecida de Goiânia. O local escolhido para parte da negociação da droga foi uma suíte de motel. Um traficante, responsável pela comercialização do entorpecente, e o proprietário do motel foram presos e encaminhados à sede da Polícia Federal, em Goiânia.
A operação foi conduzida pelo Comando de Operações de Divisas (COD), que localizou um galpão na cidade, onde quase três mil pacotes de maconha estavam armazenados. A descoberta foi resultado de uma denúncia anônima.
Nas proximidades, os policiais prenderam um homem, cuja identidade não foi divulgada, que confessou ser o responsável pelo transporte e pela distribuição da droga.
O detido conduziu os policiais até um motel, onde mais 100 pacotes de maconha foram encontrados em uma suíte. Segundo informações da investigação, o traficante escolheu o local devido à grande movimentação diária, o que diminuía a chance de levantar suspeitas.
Embora o proprietário do motel tenha alegado desconhecimento sobre o tráfico, ele também foi preso. “Ele afirmou ter alugado o quarto por duas semanas sem saber da atividade ilícita, mas questionamos essa versão. O comportamento suspeito do inquilino, que alugou o quarto por um longo período e recebia frequentes visitas, deveria ter chamado a atenção dos funcionários”, afirmou o major Filogônio Costa, subcomandante do COD.
Consórcio de tráfico
Durante a apreensão, os policiais notaram que as embalagens da maconha apresentavam cores e padrões diferentes, sugerindo que a droga foi adquirida por diferentes traficantes por meio de um consórcio. Essa prática, conforme explicou o major Costa, visa dividir os riscos financeiros em caso de apreensão, evitando que apenas um traficante assuma todo o prejuízo.
As investigações indicam que a maconha apreendida foi comprada na divisa entre o Brasil e o Paraguai, no final da semana anterior. A identidade do dono do motel permanece em sigilo.